Au revoir é a palavra de ordem dos adeptos para Wenger

Adeptos pediram saída do francês antes do jogo da segunda mão, diante do Bayern, que viria a replicar a derrota humilhante no Allianz

Nem o reinado de Arsène Wenger, que se estende há mais de duas décadas no trono do emblema inglês, é razão suficientemente forte para calar, ou pelo menos levar ao sussuro – que já não seria mau – os adeptos ingleses. A impaciência perante a falta de resultados apresentados pelo treinador francês ao comando do Arsenal é cada vez mais evidente e disso já ninguém pode duvidar. Ainda antes de se conhecer o desfecho da segunda mão dos oitavos de final que viria a replicar nova humilhante e inédita derrota por 5-1, resultado nunca antes visto na história do Arsenal em eliminatórias europeias, já as gentes do clube se organizavam em protesto, à volta do Emirates Stadium.

“Tudo o que é bom tem um fim”, “tempo para mudanças” ou “Wenger rua” eram algumas das frases exibidas pelos adeptos dos gunners em cartazes. Atualmente no quinto lugar da Liga Inglesa, com 50 pontos, e a 16 do líder Chelsea, afastado de forma surpreendente da Liga dos Campeões e com as esperanças de uma época depositadas na Taça de Inglaterra, prova em que o Arsenal ainda marca presença, com encontro dos quartos de final marcado para este fim-de-semana contra o Lincoln City, em Londres, ao que parece títulos para o técnico de 67 anos só honorários…

Longe vão os tempos de glória de Wenger, que levantou o último troféu, a Taça, em 2014/2015 e que, pelo sétimo ano consecutivo, cai nos oitavos da prova multimilionária de futebol.

Bons tempos Wenger chegou ao Arsenal na década de 90, com 46 anos. Estreou-se da melhor maneira. Sagrou-se campeão de Inglaterra em 1997, título que viria a conseguir por mais duas vezes: 2001 e 2003. Pelo meio conquistou três Taças (1997, 2001, 2002) e quatro Supertaças (1997, 1998, 200, 2003).

O início do longo jejum parece ter chegado em 2004, ano em que apesar de tudo ainda conseguiu coleccionar mais uma Taça. Passaram-se oito anos sem os gunners darem razões de festejo e motivos para sorrir, ou seja, nenhum título arrecadado.

O francês voltaria a redimir-se com a prova do costume, a Taça. Duas, em épocas consecutivas (2013 e 2014/2015), mas já nem os canecos mais recente dão para distrair a massa associativa.

Atualmente com 1111 jogos realizados no banco de treinador dos gunners, Wenger tem contrato válido até junho deste ano. A renovação pode até não estar nos planos, mas a dúvida que se levanta é se chegará até lá…

Enquanto a incerteza paira no ar, nomes para substituir o francês não faltam e Leonardo Jardim, segundo a imprensa inglesa, está entre as quatro hipóteses. O bom trabalho do português no Mónaco, que segue na liderança do campeonato francês, parece ter despertado interesse do clube inglês.

O italiano Massimiliano Allegri (Juventus), Thomas Tuchel (Dortmund) e Roger Schmidt (Leverkusen) fecham o lote dos candidatos, segundo os ingleses, ao cargo, ainda ocupado…