Catarina Martins considera de “uma extraordinária gravidade” revelação feita por Cristas

Presidente do CDS disse que “o Conselho de Ministros nunca foi envolvido nas questões da banca”

Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, defende que é de uma“extraordinária gravidade” a revelação feita por Assunção Cristas de que os problemas da banca nunca foram discutidos no Conselhos de Ministros com "profundidade".

A presidente do CDS, numa entrevista ao Público, afirma que “o Conselho de Ministros nunca foi envolvido nas questões da banca, porque "fazia parte da visão do primeiro-ministro" que o governo "não deveria meter-se nessas questões".

Em resposta, Catarina Martins disse hoje que "não há ninguém que não fique perplexo e preocupado quando uma ministra nos diz que o governo de que fez parte, que estava no furacão de uma crise financeira, nunca discutiu os problemas da banca e do sistema financeiro no Conselho de Ministros".

Catarina Martins criticou o governo de Passos Coelho e considera ser de uma “uma extraordinária gravidade que PSD/CDS, que impuseram todo o tipo de sacrifícios à população por causa de uma crise financeira e de uma crise do sistema financeiro que o país atravessava, nunca tivessem discutido os problemas da banca em Conselho de Ministros”, 

A deputada bloquista também considerou, num artigo no Jornal de Notícias" que esta é "uma revelação grave, que nos confirma duas coisas. A primeira é que, na obsessão pela redução dos custos do trabalho e dos gastos públicos, o problema financeiro não foi considerado como a principal causa da crise. A segunda é que o governo de Passos e Portas nunca teve intenção de resolver os problemas da Banca. Navegou à vista, lidando com o que aparecia, e deixando o resto para quem viesse a seguir".

O socialista Manuel Pizarro classifica como "surpreendentes" as declarações da líder do CDS. Ao i, Pizarro defendeu que "isto explica por que é que herdámos a situação que herdámos".