Fitch. Melhorias nos bancos CGD, BPI, BCP e Montepio só a médio prazo

Agência de notação diz que os quatro bancos estão a reestruturar de forma ativa as suas atividades para melhorarem a eficiência e reforçarem a débil geração interna de capital”.

A agência de notação financeira Fitch considerou que BPI, CGD, BCP e Montepio só vão apresentar “significativas melhorias” no seu perfil creditício “a médio prazo”.

Na análise que faz é atribuída ao BPI a nota de longo prazo ‘BBB-‘, à Caixa Geral de Depósitos e ao Banco Comercial Português ‘BB-‘ e à Caixa Económica Montepio Geral a de ‘B’. Sobre todos os bancos, a Fitch classifica como ‘estável’ a respetiva perspetiva.

As notas BBB significam boa qualidade de crédito, as BB especulativo e as B altamente especulativo.

No entanto, a agência de ‘rating’ salientou que “o fraco ambiente operacional em Portugal conduziu a uma deterioração da métrica da qualidade dos ativos bancários e as persistentes baixas taxas de juro comprimiram as margens”.

A Fitch mencionou também que “todos os quatro bancos estão a reestruturar de forma ativa as suas atividades para melhorarem a eficiência e reforçarem a débil geração interna de capital”.

Mas, relativizou, “melhorias significativas no perfil creditício destes bancos só serão conseguidas no médio prazo”.

Em comunicado colocado no sítio da Comissão do Mercado de valores Mobiliários, ao fim da noite, a Caixa Económica Montepio Geral (‘CEMG’) noticiou esta ação da Fitch, destacando a confirmação do rating de longo prazo da CEMG em ‘B’ e perspetiva (‘outlook’) estável.

A CEMG destacou que a agência sublinhou a sua capacidade de “reestruturar ativamente o seu perfil de negócio, melhorar os níveis de eficiência e a capacidade de geração endógena de capital, não obstante a difícil conjuntura económica portuguesa e o persistente baixo nível das taxas de juro na Europa, que tem condicionado a atividade bancária em geral”.

Mas, no seu comunicado, a Fitch também aponta várias vulnerabilidades a este banco, como estar a perder dinheiro desde 2013, em resultado de “receitas decrescentes, grande base de custos e elevadas desvalorizações de ativos”, e de a base da sua rentabilidade ser fraca e muito sensível à conjuntura