Operação Marquês. Sócrates vai impugnar adiamento do prazo de conclusão do inquérito

Defesa do ex-PM considera esta decisão “ilegal e ilegítima”. 

O ex-primeiro-ministro José Sócrates, arguido no caso Operação Marquês, vai impugnar, recorrendo a “todos os meios legais”, a decisão da Procuradora Geral da República que prolongou hoje o prazo do inquérito por tempo indeterminado.

No entanto, a impugnação não deverá ter qualquer efeito já que a lei estipula que os prazos são apenas reguladores e não está em causa a prescrição de qualquer um dos crimes.

Em comunicado, os advogados de defesa de Sócrates dizem que a decisão de Joana Marques Vidal é “ilegal e ilegítima” e que “representa a consagração e adoção” do que “caracteriza este processo desde o seu início – a violência desenfreada sobre as pessoas e o desrespeito absoluto pelos direitos e garantias dos arguidos”.

Tal como o i avançou esta manhã, Joana Marques Vidal aceitou o pedido de prolongamento do prazo para a conclusão do inquérito da Operação Marquês. A equipa de dez procuradores do caso, liderada por Rosário Teixeira, pediu à PGR para concluir o inquéiro até ao final de junho.

No entanto, a PGR remeteu a definição de nova data para o diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Amadeu Guerra, que tem até fim de abril para estipular novo prazo e fazer um ponto de situação dos trabalhos.

Será a quinta vez que o término da Operação Marquês terá nova data.