Falta de coragem… para dar um aperto de mão

Acabo de ver o vídeo em que Donald Trump recusa os pedidos de Angela Merkel para um aperto de mão à frente dos fotógrafos. Foi um momento surreal. O aperto de mão entre chefes de governo é a tradição mais básica de cordialidade, que não se recusa perante inimigos, quanto mais perante aliados.

Donald Trump não deixa de surpreender com as suas excentricidades. Umas são sérias, como desmantelar o departamento do governo dos Estados Unidos que lidava com as alterações climáticas. Trump nega que as alterações climáticas existam, quanto mais que tenham mão humana. Por isso, toca de deixar reabrir minas de carvão, mesmo que este seja um combustível altamente nocivo para o aquecimento global.

Ou, então, como deixar milhões de compatriotas sem cuidados de saúde acessíveis, devido a uma cegueira ideológica contra o programa de saúde imposto pelo anterior presidente, vulgarmente conhecido por Obamacare. Contudo, a revogação do Obamacare encontra resistências dentro do seu próprio partido, pois alguns e algumas congressistas do partido republicano (o partido de Trump) vão-se queixando que demasiados dos respetivos eleitores ficarão sem cuidados de saúde apropriados.

Perante as coisas sérias, negar-se a apertar a mão a Angela Merkel é apenas mais um episódio bizarro. Trata-se de uma falta de educação própria de alguém malformado, porventura de um menino rico estragado. Revela falta de coragem pessoal. Quanto a Merkel, é uma pessoa bastante forte, pelo que tenho a certeza que não dará qualquer importância a esta cena caricata.