Já são conhecidos os quatro vogais não executivos da CGD

Ana Maria Fernandes e Amaral Tomaz na administração da Caixa. Os quatro gestores já iniciaram funções e deverão ficar no cargo até 2020.

O Estado, na qualidade de acionista detentor da totalidade do capital social da Caixa Geral de Depósitos, elegeu na semana passada os quatro membros não executivos do Conselho de Administração. Ana Maria Machado Fernandes, Maria dos Anjos Nunes Capote, João Amaral Tomaz e José Maria Monteiro de Azevedo Rodrigues foram os nomes escolhidos para integrar a administração da Caixa, revela em comunicado à Comissão de Mercados e Valores Mobiliários (CMVM).

Quem são eles? Ana Maria Fernandes é a antiga presidente da EDP Renováveis, que exerceu também funções na companhia da EDP no Brasil, já Maria dos Anjos Capote foi administradora da CMVM. José Azevedo Rodrigues é bastonário da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (ROC) e João Amaral Thomaz é ex-administrador do Banco de Portugal e ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

O comunicado diz ainda que a eleição decorreu a 17 de março. Os quatro gestores iniciaram funções, esta segunda-feira, e deverão ficar no cargo até 2020.

A CGD irá também realizar uma emissão de obrigações subordinadas de categoria Additional Tier 1 (dívida perpétua), num montante de 500 milhões de euros, estando por isso a promover um conjunto de apresentações ('roadshow') junto de investidores institucionais, em Lisboa, Londres e Paris.

A emissão surge depois da Comissão Europeia ter decidido em 10 de março deste ano que a estratégia de recapitalização da CGD é realizada em condições de mercado, o que significa que não constitui um novo auxílio de Estado, diz o documento do ministério.

O comunicado do Governo lembra que para a concretização da segunda fase do plano de recapitalização, o Estado Português, na qualidade de acionista único, determinou o aumento do capital social da CGD, no montante de 2,5 mil milhões de euros.

"Com a conclusão do processo, Portugal fica com o Banco público, o maior banco do sistema financeiro português, em condições mais sólidas, contribuindo assim para o fortalecimento do sistema financeiro do País e para a dinamização da economia", lê-se no comunicado.