Cinco mortos e 20 feridos no ataque a Westminster

Homem armado com uma faca parece ter atropelado pelo menos uma dúzia de pessoas na Ponte de Westminster antes de esfaquear um polícia no Parlamento. Polícia fala em “ataque terrorista”.

Há enfim números oficiais das vítimas do ataque da tarde desta quarta-feira em Westminster: cinco pessoas morreram no atentado terrorista, incluindo o atacante e o polícia que ele esfaqueou à chegada aos jardins do edifício do Parlamento. As duas outras vítimas morreram atropeladas na Ponte de Westminster. 

Vinte pessoas ficaram também feridas, segundo anunciou a polícia londrina, algumas em estado crítico. As autoridades acreditam que só houve um suspeito, o mesmo homem que primeiro se lançou contra os pedestres na ponte, embateu o carro na vedação do Parlamento e esfaqueou o polícia nos jardins antes de ser abatido. 

Em todo o caso, o porta-voz da polícia londrina confirma que as autoridades estão a explorar a possibilidade de existir um segundo atacante, referido por algumas testemunhas. O edifício do Parlamento está por isso a ser revistado porta a porta, um esforço laborioso que pode demorar horas. 

Não se conhece ainda a identidade do atacante ou as suas motivações. Uma fotografia do seu corpo a ser socorrido mostra um homem de meia idade, com barba e pele escura. As autoridades tentam descobrir agora se era conhecido dos serviços antiterrorismo ou estava ligado a uma organização terrorista. 

O ataque ocorreu ao início da tarde. O homem, armado com uma faca longa, conduziu o seu carro pela Ponte de Westminster atropelando pelo menos uma dúzia de pedestres – uma mulher atirou-se ao Tamisa e foi entretanto resgatada com vida, embora em estado grave. 

Ato contínuo, embateu o carro contra o gradeamento dos jardins, que percorreu em direção a dois polícias armados, esfaqueando um e ferindo outro. Ao tentar aceder ao interior do edifício onde estava a primeira-ministra Theresa May, dois agentes à paisana abateram-no a tiro.

“Ele tinha qualquer coisa na sua mão”, conta Quentin Letts. “Parecia um pau de algum género e foi abordado por dois polícias com casacos amarelos. Um deles caiu ao chão e o que vimos foi o homem vestido de negro a mover os braços de uma forma que sugeria que ele o continuava a atacar ou a esfaquear”, explica.

Nesse momento, entraram em cena outros agentes, disfarçados e armados, que o abateram antes que conseguisse progredir para o interior. “À medida que ele tentava entrar no edifício, dois polícias à paisana gritaram-lhe alguma coisa, que pareciam ser alertas. Ele ignorou-os e eles dispararam duas ou três vezes até ele cair.”