CDS apresenta pacote para a deficiência

São 20 propostas que o CDS leva amanhã a votação no Parlamento feitas a pensar em ajudar as pessoas com deficiência, as suas famílias e as instituições que as apoiam. Os centristas acreditam que vão reunir consenso para aprovar a maioria delas.

O pacote de legislação preparado pelo CDS para dar resposta às questões da deficiência foi pensado pelo Gabinete de Estudos do partido e desenvolvido depois de dezenas de audiências.

O resultado são iniciativa que vão do apoio às famílias, às questões laborais, passando pelas necessidades educativas especiais.

Uma das ideias é universalizar o atestado de deficiência para que o mesmo documento possa servir para todos os efeitos junto das várias entidades envolvidas.

Outra é o alargamento do sistema nacional de intervenção precoce, que hoje ajuda crianças até aos 5 anos e o CDS quer que seja alargado até aos 10.

Os centristas querem ainda que passe a ser possível acumular prestações sociais por deficiência com rendimentos de trabalho e que os fundos europeus que hoje se destinam apenas às empresas que contratam deficientes sejam atribuídos também aos trabalhadores.

O CDS propõe também uma majorarão da licença de parentalidade para pais com filhos deficientes ou grandes prematuros.

Outra proposta é a possibilidade de as famílias constituirem fundos de poupança para o futuro dos filhos com deficiência com benefícios fiscais e de alterar as regras das heranças para que os pais possam decidir aumentar a parte que querem deixar aos filhos deficientes para lá da quota disponível.

"Não são propostas de caráter partidário. Os partidos têm a obrigação de se entende e dar uma resposta", defendeu o deputado do CDS, que têm a expectativa de ver aprovadas pela maioria de esquerda a maior parte destas ideias.