Angola perde quase um terço de impostos

A receita fiscal angolana com a exportação petrolífera caiu 30% em fevereiro para 617 milhões de euros. Angola exportou no mês passado 47.337.430 barris de crude, a um preço médio de 52,8 dólares por barril. 

Em janeiro, o valor dos impostos com o petróleo tinha sido o mais alto desde o outono de 2015 e a quebra das exportações em fevereiro foi superior a 4,9 milhões de barris. No entanto, o preço médio subiu quase dois dólares entre janeiro e fevereiro o que colocou o valor total das vendas em 2, 499 milhões de dólares (2, 320 milhões de euros).

Em janeiro, Angola exportou 52.250.079 barris de crude, a um preço médio de 51 dólares por barril, gerando receitas fiscais de 158,9 mil milhões de kwanzas (909 milhões de euros). Este valor só tem paralelo em outubro de 2015. As vendas de fevereiro representaram um encaixe de impostos de 110,5 mil milhões de kwanzas (617 milhões de euros), uma diminuição de 20% face ao primeiro m~es de 2017.

Cada barril de crude vendido por Angola em fevereiro ficou, em média, quase sete dólares acima do valor que serviu de base à elaboração do Orçamento Geral do Estado para 2017, que é de 46 dólares. Em 2014 Angola exportava cada barril a mais de 100 dólares. Em março de 2016 o valor chegou a 30,4 dólares por barril.

As receitas fiscais do petróleo angolano têm origem no Imposto sobre o Rendimento do Petróleo (IRP), Imposto sobre a Produção de Petróleo (IPP), Imposto sobre a Transação de Petróleo (ITP) e receitas da concessionária nacional angolana. A Sonangol explora  12 concessões petrolíferas nacionais.

Angola continua em 2017 a ser o maior produtor de petróleo em África, à frente da Nigéria. Desde o início do ano já exportou 99.587.509 barris de crude, que correspondem a vendas globais superiores a 4,9 mil milhões de euros e receitas fiscais de 269.506 milhões de kwanzas (1,5 mil milhões de euros).