Parlamento discute fim das portagens na Via do Infante

Diplomas do BE, PCP e direita são discutidos hoje. Esquerda alerta governo para aumento do número de acidentes com vítimas mortais e feridos graves

O parlamento discute hoje os projectos de lei do Bloco de Esquerda, PCP, PEV e da direita para travar as portagens na Via do Infante. A esquerda defende a eliminação das portagens na A22. PSD e CDS recomendam ao governo a suspensão da cobrança de portagens até à conclusão das obras de requalificação da EN-125. 

O Bloco de Esquerda argumenta que as portagens fizeram aumentar o número de acidentes. "A mobilidade na região regrediu cerca de 20 anos, voltando a EN-125  a transformar-se numa via muito perigosa, com extensas filas de veículos e onde os acidentes de viação ocorrem com frequência, com muitas vítimas mortais e feridos graves". 

O diploma dos bloquistas refere ainda que a região "perdeu competitividade económica e social em relação à vizinha Andaluzia, com muitas dificuldades e falências de empresas".

O projecto dos comunistas também defende que "a introdução e manutenção de portagens, além dos custos económicos e sociais,  representa um insuportável sacrifício em vidas humanas".

O PSD não defende a abolição definitiva de portagens, mas recomenda ao governo a suspensão da cobrança "nos troços da A22 a que correspondam troços na EN-125 encerrados ou sujeitos a obras". O CDS apresentou um projecto de resolução no mesmo sentido.

Os socialistas não apresentaram nenhum diploma. O PS chumbou, há quase um ano, a abolição das portagens nas ex-Scut com o argumento de que é "necessário fazer um esforço de equilíbrio orçamental". As portagens na Via do Infante começaram a ser cobradas há cinco anos.