“Hoje, sair à rua num carro com a marca RTP é um risco”, denuncia Comissão de Trabalhadores

Equipa da RTP foi violentamente agredida junto a uma escola em Chelas, em Lisboa, 

Após uma equipa da RTP ter sido violentamente agredida junto a uma escola em Chelas, em Lisboa, a Comissão de Trabalhadores da RTP denunciou que as agressões a trabalhadores da empresa pública de televisão se estão a repetir muito frequentemente.

"Ontem [quinta-feira] não foi infelizmente um dia anormal: quer verbalmente, quer fisicamente repetem-se demasiadas vezes as agressões a trabalhadores da RTP. O jornalista repórter Ricardo Mota foi violentamente agredido, tendo recebido assistência hospitalar", lê-se num comunicado enviado para a comunicação social.

"A CT vai exigir junto do Conselho de Administração (CA) que a RTP se constitua assistente no processo-crime, que decerto se seguirá e que proceda depois ao respetivo processo cível. Esperamos que sejam apuradas responsabilidades até às últimas consequências. Até ao fim. Se o CA não o fizer, fá-lo-emos nós, os trabalhadores".

“Hoje, sair à rua num carro com a marca RTP é um risco", refere o mesmo comunicado, realçando que "em Portugal, claques desportivas, juventudes partidárias, presidente de clubes, autarcas, idiotas e criminosos escolhem sistematicamente os trabalhadores desta empresa para descarregar as suas frustrações, e para nós, já chega. Estamos fartos".

Recorde-se que uma equipa de reportagem da RTP foi violentamente agredida esta quinta-feira, no exterior de uma escola em Marvila, em Lisboa, por familiares de uma criança de 12 anos que, alegadamente, terá violado um outro menor de 9 anos.