Síria. Ataque químico mata pelo menos 58 pessoas em Idlib

Observatório Sírio para os Direitos Humanos fala em bombardeamento com gás tóxico sobre Khan Sheikhun

Pelo menos 58 pessoas morreram, incluindo nove menores, e várias dezenas ficaram feridas na província de Idlib, na Síria, após um novo raide aéreo, esta terça-feira, levado a cabo pela coligação que junta forças sírias e russas. 

De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR), os aviões dos atacantes lançaram gás tóxico sobre a localidade de Khan Sheikhun, situada naquela província controlada por grupos opositores a Bashar al-Assad.

O SOHR refere que as vítimas do ataque aéreo apresentavam sintomas de asfixia e vómitos e, após consultar pessoal médico no local, garante que se tratou de um ataque químico.

Numa publicação no Facebook os rebeldes que controlam Khan Sheikhun confirmaram os bombardeamentos e acusaram a aviação de Damasco e Moscovo de utilizar gás de cloro e gás sarin sobre a população.

O governo sírio tem vindo a rejeitar, repetidamente, todas as acusações de utilização de armas químicas, pese os resultados apresentados por uma investigação da Organização para a Proibição das Armas Químicas e das Nações Unidas, que concluíram que as forças de Assad utilizaram gás de cloro em três ocasiões, entre 2014 e 2015.

No passado domingo, russos e soldados do regime já tinham sido acusados pelos “Capacetes Brancos” de terem bombardeado um hospital em Idlib. “Durante a última semana, Idlib tem sido atingida por constantes ataques aéreos e, após o ataque de ontem [domingo], um dos seus principais hospitais foi quase todo destruído e deixou de poder funcionar”, contou à Al-Jazeera um membro daquele grupo de socorro, que opera em territórios controlados pelos rebeldes.