O Vitória de Guimarães é o primeiro finalista conhecido desta edição da Taça de Portugal. O conjunto vimaranense, orientado por Pedro Martins, perdeu por 3-1 em Chaves, mas beneficiou do facto de ter marcado fora para se apurar, depois do 2-0 conseguido em casa na primeira mão.
Num jogo de loucos, o Chaves adiantou-se logo no primeiro lance, com um golaço de Perdigão. Aos 33 minutos, um livre lateral batido de forma direta por Renan Bressan empatou a eliminatória – embora fiquem dúvidas sobre a legalidade do lance, pois há quatro jogadores flavienses em fora de jogo que se fazem à bola, perturbando a ação do guardião vimaranense Douglas.
Até ao intervalo, o Chaves voltaria a marcar, por Rafael Lopes, mas o golo foi anulado (de forma correta). Ainda assim, o técnico flaviense, Ricardo Soares, protestou de forma veemente, acabando por ser expulso pelo árbitro Fábio Veríssimo. Mas os transmontanos não se ficaram por aí e acabariam mesmo por conseguir o tão procurado terceiro golo, em novo livre lateral cobrado por Bressan, desta feita para a cabeça de Nuno André Coelho.
Durou pouco, no entanto, a festa do Chaves. Dois minutos, para ser mais preciso. Na sequência de nova bola parada, num lance atabalhoado, Marega cabeceou ao poste, tendo no entanto o discernimento para cabecear novamente, aí sim para o fundo da baliza de António Filipe.
Festa rija para os adeptos vimaranenses que se deslocaram a Chaves para apoiar a sua equipa, mas que podia ter sido anulada em cima do minuto 90, quando o árbitro considerou que Rafael Miranda cometeu falta para grande penalidade na área vimaranense. Chamado à conversão, o veterano Braga (ironicamente, o médio do Chaves tem o mesmo nome da cidade arqui-rival dos vitorianos…) permitiu a defesa de Douglas, novo herói em Guimarães.
No final, o 3-1 carimba o regresso do Vitória de Guimarães ao Jamor, quatro anos depois de ter conquistado a única Taça do seu palmarés: venceu o Benfica por 2-1. No banco vitoriano estava Rui Vitória; no banco encarnado, estava… Jorge Jesus.
