Lamego. Polícia Judiciária investiga explosões em fábrica de pirotecnia

Ainda não são conhecidas as causas das explosões numa fábrica de pirotecnia em Avões, concelho de Lamego

Eram 18h00 quando a terra tremeu em Avões, no concelho de Lamego. O estrondo foi sentido a mais de 10 quilómetros de distância e quem ali vive rapidamente percebeu que algo grave se estava a passar. Pouco depois de ter sido dado o alerta, começaram a ser conhecidos alguns detalhes: tinham ocorrido múltiplas explosões numa fábrica de pirotecnia. Várias pessoas estavam nas instalações na altura das explosões e, à hora de fecho desta edição, a Proteção Civil confirmava que o acidente fez quatro mortos.

Horas antes, a presidente da junta de freguesia de Avões, à SIC Notícias, admitia que o número de vítimas fosse maior. “Temos a previsão de sete vítimas, eram funcionários que se encontravam a trabalhar nesta pequena fábrica”, disse o responsável. O jornal Diário de Notícias avançou ainda que um dos desaparecidos é Egas Sequeira, o proprietário da fábrica.

À hora de fecho desta edição, ainda não eram conhecidas as causas das explosões. Sabe-se apenas que, segundo a agência Lusa, a Polícia Judiciária vai investigar o caso. No local estiveram dois helicópteros do INEM, mais de 120 bombeiros e 40 viaturas.

O presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, falou ontem sobre a “enorme tragédia” que ocorreu na freguesia de Avões e recordou que é “conhecido” o histórico dos incidentes em fábricas de pirotecnia, acrescentando que não há memória de uma ocorrência desta dimensão.

Outros casos

Ao longo dos últimos anos foram noticiados vários acidentes em fábricas de pirotecnia. Um dos casos mais recentes aconteceu a 9 de março, em Mancelos, no concelho de Amarante. Um acidente na fábrica Douro Pirotecnia provocou um morto. A vítima mortal, tinha 53 anos, era do sexo masculino e residia em Felgueiras, sendo conhecido naquela povoação como “um trabalhador experiente”.  Cinco anos antes, já tinha sido registado um acidente naquela fábrica, que provocou a morte de uma pessoa.

Em julho de 2015,  uma explosão numa empresa de pirotecnia em Fafe provocou queimaduras ligeiras num trabalhador e destruiu um armazém.  A explosão deu origem a um pequeno incêndio na área circundante, onde estava acondicionado material pirotécnico para uma festa. 

 Já em setembro de 2014, em Penafiel, um acidente numa empresa de pirotecnia destruiu dois armazéns e deu origem a três incêndios. O acidente provocou quatro feridos ligeiros.