Carnide. Moradores arrancam parquímetros da EMEL

Moradores dizem que não houve consulta pública e prometem devolver os parquímetros à Câmara.

Cerca de duas centenas de moradores de Carnide, em Lisboa, juntaram-se esta quarta-feira à noite para arrancar os sete parquímetros da EMEL colocados na zona histórica do bairro. De acordo com os mesmos, os parquímetros foram impostos sem uma consulta prévia.

O presidente da Junta de Freguesia de Carnide, Fábio Sousa, disse que esta "ação popular" nasceu de forma espontânea entre os moradores da zona, que se sentem injustiçados com a colocação dos parquímetros por parte da EMEL – Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa, "sem uma consulta pública", revela à Renascença.

Fábio Sousa garante que os parquímetros não foram danificados nem vandalizados, já que estes cidadãos em protesto "são pessoas de bem" que apenas querem fazer valer os seus direitos nas decisões para a zona onde habitam.

Os parquímetros deverão ser devolvidos esta quinta-feira à Câmara pelas 18h00. Mas o presidente da junta quer que o presidente da Câmara, Fernando Medina, assine um documento que comprove que recebeu, em bom estado, os sete aparelhos.

Fábio Sousa afasta que esta ação possa representar um crime, uma vez que, no entender do mesmo, "os parquímetros não estão vandalizados, simplesmente serão mais úteis noutros locais".