BPI. CaixaBank tem plano de 100 dias para rentabilizar operação

O principal acionista do banco pretende melhorar os resultados operacionais, reduzir custos e, acima de tudo, aumentar a receita.

O CaixaBank, o principal acionista do BPI depois de ter concluído com sucesso a Oferta Pública de Aquisição (OPA), tem um plano de cem dias para implementar na instituição financeira liderada ainda por Fernando Ulrich. A meta é simples: “melhorar os resultados operacionais, os serviços, para reduzir custos e acima de tudo, aumentar a receita”, revelou o CEO do banco catalão,  Gonzalo Gortázar.

“Temos a previsão de que em dois meses se comecem a aplicar as novas diretrizes operacionais e temos muita confiança que poderemos cumprir comodamente as sinergias que anunciámos de 120 milhões anuais”, afirmou em declarações à imprensa espanhola.

Gortázar voltou a lembrar as mais-valias desta operação, considerando que a compra “tem uma lógica de negócio e também financeira: trata-se de duas entidades que se completam de forma natural”, acrescentando ainda que “o BPI é o melhor banco e o banco com mais potencial” do mercado nacional.

Já em relação ao funcionamento da instituição financeira portuguesa, o CEO garante estar “bastante impressionado pela diligência, pela capacidade e espírito colaborador das equipas do BPI”, realçando que com esta operação o CaixaBank deixa “de ser o primeiro banco em Espanha para ser o primeiro banco na Península Ibérica com um volume de negócios de 564 mil milhões”.

Para o presidente do CaixaBank, Jordi Gual, as prioridades para a segunda metade do Plano Estratégico 2015-2018 passam por “continuar a apostar na diversificação de receitas e potenciar o negócio dos seguros e da gestão de ativos. Um desafio que, no entender o mesmo, é possível de alcançar tendo em conta “a força comercial do banco que é uma vantagem competitiva, o que nos permite continuar a aumentar quota de mercado, mesmo num ambiente repleto de dificuldades. O que demonstra que o nosso modelo funciona”, salientou.

Já para Gortázar, “ CaixaBank não necessita de grandes transformações e deverá apostar naquilo que sabe fazer: “captar clientes e prestar o melhor serviço através da excelente rede de balcões e outros canais de forma a colocar a instituição numa posição competitiva”. Ao mesmo tempo, na lista de prioridades está ainda a dinamização da transformação digital “permanecer fiéis ao nosso compromisso social e cuidar especialmente cuidar da nossa gestão”, diz.