CGD terá de fechar mais balcões e aumentar despedimentos se falhar metas

O banco terá ainda de fazer cortes mais acentuados de custos, aumentar o preço dos serviços e intensificar o desinvestimento nas operações internacionais.

A Caixa Geral de Depósitos poderá ter de ir mais longe no número de despedimentos e no encerramento de balcões se falhar as metas impostas no plano estratégico acordado com Bruxelas.

 A recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) já inclui o despedimento de mais de dois mil trabalhadores e o encerramento de cerca de 170 balcões. Mas, caso não alcance as metas, o banco terá de fazer cortes mais acentuados de custos, aumentar o preço dos serviços e intensificar o desinvestimento nas operações internacionais, revela o Jornal de Negócios.

De acordo com o mesmo, a Caixa poderá ter de despedir mais trabalhadores e encerrar mais balcões nos próximos quatro anos. Isto se for falhando os objetivos definidos junto de Bruxelas. Para garantir que o plano estratégico é cumprido, a Direção Geral da Concorrência (DGComp) vai monitorizar trimestralmente o cumprimento destes alvos, uma fiscalização que vai contar com um auditor independente.

O aviso é deixado no prospeto da emissão de 500 milhões de euros de dívida subordinada, refere o Negócios. Uma operação que estava prevista no processo de recapitalização do banco estatal, ficando a faltar depois uma outra “fatia” de 430 milhões de euros que deverá ser colocada no mercado no prazo de 18 meses.

 "Numa base trimestral, o emitente [CGD] disponibilizará à DGComp um relatório — que será validado por um auditor independente — sobre as componentes financeiras e operacionais do plano estratégico e uma análise do desempenho da instituição face às metas. Se algum dos objetivos não for cumprido, o emitente está comprometido a adotar todas as medidas necessárias – incluindo, mas não apenas, ajustamentos no preçário, mais cortes de custos ou desinvestimento adicional de ativos internacionais – para garantir que essas metas são atingidas”, salienta.