Acionistas aprovam passagem do Banco Popular Portugal para sucursal espanhola

Unidade portuguesa deixe de ser um banco de direito português.

Os acionistas aprovaram, esta segunda-feira, em Assembleia-geral (AG) a passagem do Banco Popular Portugal numa sucursal do Popular Espanhol, o que faz com que a unidade portuguesa deixe de ser um banco de direito português. Esta decisão já foi comunicada à CMVM.

O presidente do banco, Emilio Saracho, disse ainda que o Banco Popular precisa de um novo aumento de capital, ao defender que esta é a melhor opção para solucionar os problemas da instituição financeira.

Mas apesar de não adiantar montantes, o responsável afirma que esse aumento de capital terá de ser concluído num prazo de três anos, revela o El País. Em causa estão as exigências europeias decorrentes do processo de união bancária, o que faz com que "seja muito difícil [ao banco] cumprir sem recorrer ao mercado", salientou o presidente do banco.

Aliás, estas declarações vão encontro da Moody’s, que numa nota de análise divulgada esta segunda-feira referiu que será um "desafio" para o Banco Popular cumprir com as exigências do Banco Central Europeu (BCE) sem aumentar o capital.

Para já não estão previstas fusões, mas admitiu que esta hipótese pode estar em cima da mesa, desde que a mesma seja positiva para o banco.  "Posso assegurar-vos que não iremos gerir o banco para o preparar para uma fusão. Não devemos depender de terceiros. O nosso plano deve estar nas nossas mãos", disse.