Bloco quer “pôr a salvo” obras de arte do antigo BES

Bloquistas apresentaram projecto de resolução para impedir que obras de arte possam ficar nas “mãos de capitais estrangeiros

O Bloco de Esquerda quer "pôr a salvo" as obras de arte do antigo Banco Espírito Santo.

Os bloquistas apresentaram, na Assembleia da República, um projecto de resolução para impedir que um vasto acervo de bens de manifesto interesse cultural "caia em mãos privadas ou nas mãos de capitais estrangeiros".

"No atual quadro de alienação do Novo Banco (…) importa pôr a salvo a unidade das coleções de arte de uma eventual alienação", diz o projecto de resolução do Bloco de Esquerda. 

Os bloquistas referem que "integram este espólio inúmeras obras de arte, do mobiliário à pintura, com destaque para um número significativo de telas de Josefa de Óbidos, pintora barroca do século XVII, que foram recentemente expostas no Museu Nacional de Arte Antiga".

O objectivo da iniciativa é prevenir "situações semelhantes às que assistimos com o conjunto de obras de Miró que integravam o património do extinto BPN".

O diploma recomenda ao governo que "proceda à inventariação e classificação dos bens culturais que integram o acervo" e "garanta a  titularidade pública dos bens culturais que integram o património do Novo Banco".

O governo anuncio no final do mês de março a venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star.