Novo Banco com prejuízos de 788,3 milhões em 2016

Ainda assim, representa uma melhoria de 15,2% em relação aos resultados negativos de 2015, que tinham sido de 949,5 milhões de euros.

O Novo Banco registou prejuízos de 788,3 milhões de euros em 2016. Ainda assim, representa uma melhoria de 15,2% em relação aos resultados negativos de 2015, que tinham sido de 949,5 milhões de euros.

A instituição financeira liderada por António Ramalho lembra que reforçou as provisões para imparidades, atingindo os 1.374,7 milhões de euros, mais 316 milhões que em relação a 2015. E explica que as imparidades destinam-se a cobrir eventuais perdas com créditos no valor de 672,6 milhões de euros, com títulos (315,9 milhões) e com custos de reestruturação (98,2 milhões de euros), revela em comunicado à CMVM.

De acordo com a instituição financeira, o resultado operacional foi positivo e fixou-se nos 386,6 milhões de euros, duplicando o valor de há um ano, o que o banco explica pela "melhoria do produto bancário e redução dos custos operativos".

O produto bancário aumentou em 11,1% face a 2015 para o qual contribuiu o comportamento do resultado financeiro (+14,2%) e dos resultados de operações financeiras (+25,2%).

Já os custos operacionais baixaram em 21,7% para 590,9 milhões de euros, ou seja, menos 164 milhões face ao ano anterior.

No que se refere ao banco mau, o seu valor era de 8.737 milhões de euros, líquido de provisões, em 31 de dezembro de 2016. Este montante compara positivamente com os 10.843 milhões de euros a 31 de dezembro de 2015.

O Novo Banco apresentou, assim, no final do ano um rácio de capital regulamentar (common equity tier 1) de 12%, abaixo dos 13,5% que tinha em dezembro de 2015.

Rede encolhe e cumpre plano de reestruturação

O Novo Banco sublinha que os “objetivos fixados no plano de reestruturação foram integralmente cumpridos. Assim, e relativamente a novembro de 2015 (data de referência para efeitos dos compromissos assumidos com a DG Comp no âmbito do plano de reestruturação), o número de colaboradores reduziu-se em 1.312 (incluindo as atividades em descontinuação), face ao objetivo estabelecido de redução de mil a 31 de dezembro de 2016″.  A instituição financeira acabou por terminar o ano com um total 6.096 colaboradores, sendo 5.687 na atividade doméstica

Já a rede distribuição foi reduzida para 537 balcões (objetivo: 550 a 31 de dezembro de 2016) apresentando uma redução de 116 unidades. A redução dos custos operativos ultrapassou a meta estabelecida (menos 150 milhões a 31 de dezembro de 2016)”, conclui o banco.