Fugitivo continua a provocar autoridades: ‘Onde fica Caxias?’

Joaquim Bitton Matos faz parte da lista de criminosos mais procurados pela polícia em todo o mundo. Conhecido como o ‘fugitivo de Caxias’, continua a usar as redes sociais para provocar as autoridades.

Fugiu da cadeia no dia 18 de Fevereiro e atualmente é procurado pela polícia de todo o mundo.  Joaquim Bitton Matos já era alvo de um mandado de captura europeu, mas agora foi emitido outro, de âmbito internacional, o que faz dele um dos criminosos mais procruados em todo o mundo. Com este novo estatuto, pode ser detido em qualquer país com reperesentação da Interpol.

O paradeiro do evadido continua incerto. Em entrevista a alguns órgãos de comunicação social, garantia estar ainda em Portugal, mas na fronteira com Espanha. No entanto, as autoridades desvalorizaram essa informação, por acreditarem que já terá fugido para o estrangeiro.

Recorde-se que Bitton Matos estava detido preventivamente por alegado envolvimento em assaltos violentos a jogadores de casino.

Provocações

Depois de ter publicado uma fotografia a segurar uma arma de guerra e de ter partilhado o mapa da localização da prisão de Caxias, Joaquim volta a desafiar as autoridades. Na madrugada de quarta-feira, publicou na sua página de Facebook um vídeo no qual brinca com a sua fuga. «Para que lado fica Caxias?», pergunta. As imagens sugerem que está a voar, agarrado à parte de fora de um carro de polícia. Escreve ainda que está «de regresso a casa» e dedica o vídeo à ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.

Corrupção

O luso-israelita admitiu ao Correio da Manhã ter pago cem mil euros a quatro guardas prisionais para fugir da cadeia, juntamente com os dois companheiros de cela, os chilenos Jorge Naranjo e Roberto Ulloa, que já foram recapturados em Espanha.

As suspeitas de corrupção surgiram imediatamente a seguir à fuga, até porque os reclusos usaram serra em fio para serrar as grades e a rede da prisão, processo lento e que dificilmente passaria despercebido.

O presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional defendeu esta semana a expulsão para os guardas prisionais caso se prove que estiveram envolvidos na fuga de três reclusos da prisão de Caxias e pediu celeridade no inquérito. «Espero que dentro da verdade e da justiça punam, se isso aconteceu, quem poderá estar dentro desta fuga, se houve auxílio à fuga, isto para que de uma vez por todas saiam da guarda prisional e não manchem o nome do corpo da guarda prisional», sublinhou, em declarações à Lusa.

Jorge Alves lembrou que a fuga mereceu a instauração de um processo de averiguações, a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção da Direção-Geral, e que o incidente está a ser investigado num inquérito e a Polícia Judiciária também está a investigar o caso.