Na raiz do descontentamento dos trabalhadores está a falta de revisão salarial porque os vencimentos estão congelados desde 2011 e a falta de regulação dos horários.
De acordo com Armando Costa, dirigente do sindicato, “a adesão tem estado entre 50 e 60% entre Porto e Lisboa, em Faro estava na ordem dos 30 a 40%, nos Açores e Madeira mais baixo, mas significativo”.
No entanto, a greve não tem estado a causar os constrangimentos que muitos podiam esperar. O SITAVA garante que, tal como tinha sido avançado pela ANA – Aeroportos de Portugal, não foram registados atrasos nos voos, nem cancelamentos.
A paralisação é de duas horas diárias, no início dos turnos, e o braço de ferro entre empresas de segurança e trabalhadores pode não terminar aqui.
Armando Costa espera que, nas negociações do Contrato Coletivo de Trabalho, as empresas aceitem rever as condições dos trabalhadores e assume que poderão ser feitas mais greves, caso não sejam tidas em conta as reivindicações destes trabalhadores.
Já a Associação de Empresas de Segurança fez saber desde cedo que lamenta que esta paralisação e defende que as propostas que têm sido feitas pelo sindicato comprometem “a sustentabilidade financeira das empresas” por terem como base um “incremento direto de custos superior a 30%, ameaçando, com isso, a destruição definitiva de emprego neste setor”.
Ryanair antecipa problemas De forma a evitar perturbações, muitas companhias aéreas deram coordenadas específicas aos passageiros. A Ryanair foi uma delas.
A transportadora optou por pedir aos passageiros que tivessem voos marcados para o dia de ontem que chegassem ao aeroporto três horas antes. “Fomos avisados de atrasos na segurança do Aeroporto de Porto. Pedimos aos clientes para chegar com a maior antecedência possível ao aeroporto, de preferência três horas antes do horário previsto do voo, para assim terem tempo suficiente para passarem a segurança”, podia ler-se no aviso.