O Ministério Público acusa 29 arguidos no âmbito da Operação Aquiles pelos crimes de tráfico de estupefacientes, associação criminosa e corrupção ativa e passiva. Dois dos acusados são funcionários da Polícia Judiciária e outro da Guarda Nacional Republicana. De acordo com a acusação, alguns dos arguidos faziam parte de grupos organizados transnacionais, que se dedicavam ao narcotráfico e que teriam o apoio daqueles dois funcionários da PJ.
Um dos funcionários da Polícia Judiciária (PJ) é o coordenador na reforma Carlos Santos Dias, o outro é o inspetor-chefe da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, Ricardo Macedo. O militar da GNR é o cabo do destacamento de Torres Vedras José Manuel Baltazar Silva. Os dois funcionários da PJ forneceriam, de forma ilegítima, informações sobre as investigações em curso relativas a crimes de tráfico de estupefacientes, mediante o pagamento de contrapartidas em dinheiro, indica a acusação. Um destes funcionários da PJ contaria ainda com o auxílio do cabo da GNR.
Nove dos arguidos estão sujeitos a medidas de coação privativas de liberdade. Um encontra-se em prisão preventiva e os restantes oito, entre os quais os dois funcionários da PJ e o cabo da GNR, estão sujeitos à obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica.