Sarampo em Portugal. “Nunca teremos uma epidemia de grande escala”

Diretor Geral da Saúde lamentou a morte da adolescente que contraiu sarampo mas garante que epidemia não irá assumir grandes proporções no país

A Direção Geral da Saúde garante que a epidemia de sarampo em Portugal não vai atingir uma grande escala. Esta manhã soube-se que a adolescente que estava internada no Hospital Dona Estefânia, após ter desenvolvido uma pneumonia na sequência da infecção com sarampo, não sobreviveu à doença.

Francisco George lamentou a morte da jovem mas assegurou que tudo está a ser feito para tentar mitigar os efeitos da epidemia. "Temos todos os meios que permitem criar uma barreira à propagação do vírus do sarampo e estamos envolvidos num processo que visa prevenir e por isso tem sido constante o apelo aos cuidados, nomeadamente das crianças em idade escolar, pré-escolar e infantil".

George assegurou que as vacinas em Portugal estão disponíveis, considerando não ser o momento de decidir se as vacinas devem ser obrigatórias ou não. "Não há falta de vacinas", disse o responsável, assegurando que há vacina para a primeira e segunda dose das crianças (aos 12 meses e aos cinco anos) mas existe também uma reserva estratégia de 200 mil vacinas para que mais pessoas que não têm vacinas em dia. 

O diretor geral da Saúde sublinhou que em Portugal, dava a elevada cobertura vacinal, não existe um terreno para a propagação do vírus como noutros países onde há maiores movimentos de não vacinação e menos adesão à imunização. O responsável deu o exemplo de Itália, que regista 1500 casos, 10% dos quais entre enfermeiros e médicos que apanharam sarampo de doentes, cenário que considerou assustador.

George salientou ainda que quem tem a vacina pode ter manifestações ligeiras de sarampo, um cenário mais favorável do que o risco que corre alguém que apanhe a doença.