Irmãs da adolescente que morreu com sarampo também não foram vacinadas

Pais da jovem de 17 anos que não resistiu ao sarampo também recusaram a administração da vacina às duas filhas mais novas

De acordo com fontes médicas que acompanharam a jovem durante o internamento, em declarações ao Expresso, as duas irmãs mais novas da jovem, uma com 5 e outra com 12 anos, que faleceu devido a uma pneumonia bilateral provocada pelo vírus do sarampo também não foram vacinadas.

A opção de não vacinar as duas crianças foi justificada aos profissionais de saúde daquela unidade hospitalar com o receio de que os efeitos da vacina fossem semelhantes aos que ocorreram na irmã mais velha, após a toma das vacinas dadas aos dois meses.

A mãe da menor adiantou às equipas médicas responsáveis pela filha que a adolescente tinha sofrido uma reação alérgica muito grave – um choque anafilático – e que chegou a estar hospitalizada e “ quase em coma, no hospital das crianças em Lisboa”, avançou ao expresso fonte hospitalar.

Recorde-se que a jovem de 17 anos, que acabou por falecer esta quarta-feira, estava hospitalizada em Cascais devido a uma mononucleose – doença que debilita o sistema imunitário – e terá sido infetada com o vírus do sarampo por um bebé também infetado e não vacinado.

A criança tinha apenas 13 meses e não fez a primeira dose de vacinação contra o sarampo aos 12 meses, por se encontrar doente na altura, tendo sido os pais aconselhados pela unidade de saúde a adiar a imunização até o bebé estar recuperado.