Pena suspensa? Porque não efetiva?

A história vem narrada no Público de hoje, 22 de abril. Um homem, residente na Comporta (distrito de Setúbal) foi condenado a um ano e quatro meses de prisão, com pena suspensa, por ter enterrado viva a sua própria cadela.

O animal encontrava-se doente, e precisava de descanso e cuidados. Mas a solução encontrada pelo monstro que era o seu dono foi outra: cavou uma pequena cova, e aí enterrou a cadela, deixando-lhe somente a cabeça de fora, e deixou-a aí. E, para que não fugisse, deitou-lhe em cima uma grade de ferro cimentada. Desconhece-se quanto tempo terá ficado a cadela nesta situação, mas quando foi finalmente libertada, por intervenção dos vizinhos, “uivava de dor e aflição”. Uma veterinária tentou depois salvar-lhe a vida, mas sem sucesso.

Um ano e quatro meses de pena suspensa, para além da proibição de ter animais durante três anos, a meu ver, é pouco. Um homem que enterra viva uma sua fiel companheira, deixando-a para morrer, merecia, em minha opinião, uma pena de prisão efetiva. Não é um homem, é um monstro, mas não teve sequer coragem para aparecer em tribunal.

Ao menos, foi condenado, o que já é um avanço. E os vizinhos, bem como a veterinária que tentou salvar a vida da cadela, também merecem o meu aplauso. Há gente sensível ao sofrimento, seja ele humano ou dos bichos nossos companheiros.