Otimismo moderado no Brasil

O presidente da EDP, empresa portuguesa que vai investir quase 900 milhões de euros no Brasil, está “moderadamente otimista” em relação ao mercado brasileiro, que representa 15% e 20% dos resultados globais da companhia. 

Em entrevista ao jornal “Estado de São Paulo”, António Mexia revela que o “Brasil constitui, depois dos EUA, nossa maior plataforma de crescimento”.

De acordo com o responsável, a “EDP nunca esteve eufórica com o Brasil, nem quando todo mundo estava. E, depois, quando todos diziam que o Brasil era um problema sem solução, não mudamos de estratégia. Nossa posição sempre foi ponderada e de longo prazo".

António Mexia considera que o Brasil vive uma “época de algum saneamento sob vários aspectos da economia” e aponta que o “controlo da inflação é absolutamente decisivo”.

“Diria que estou moderadamente optimista. E o moderadamente é só para que não pareça estranho. Os sinais são positivos”, afirmou numa entrevista concedida a 22 de abril, antes da EDP Brasil revelar que ganhou o leilão para quatro novas concessões de transporte de electricidade.

Na segunda-feira a EDP – Energias do Brasil, detida em 51% pela EDP, anunciou que  "obteve quatro lotes de concessão para construção e operação de linhas de transporte de electricidade com uma extensão total de 1.184 quilómetros, incluindo três sub-estações".

De acordo com o comunicado da EDP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a concessões são nos estados brasileiros do Maranhão (dois lotes), São Paulo/Minas Gerais e Santa Catarina/Rio Grande do Sul.

O investimento total ascende a 3.000 milhões de reais (887,3 milhões de euros), dos quais 95% a executar no período de 2019 a 2021.