Deputado do PSD lamenta falta de atenção das forças de segurança aos cães perigosos

Negrão admite necessidade de ir mais longe na legislação e proibir criação de cães de raças perigosas 

Fernando Negrão defende que as forças de segurança têm de aumentar a fiscalização em relação aos cães perigosos. O deputado do PSD admite que é necessário ponderar se a situação não obriga a ir mais longe na legislação e ponderar a proibição da criação de determinadas raças.  

“Existe uma cultura ligada a cães selvagens que não tem tido a atenção devida por parte das autoridades. Precisamos de mais fiscalização e castigo. Castigo aos animais e aos seus donos”, escreveu, na sua página do Facebook, o deputado do PSD.

Ai i, Fernando Negrão explica que as forças de segurança têm de fazer “um investimento maior nesta área”, porque “não há culturalmente a tradição de vigilância, de fiscalização e muito menos de acompanhamento na área criminal deste tipo de coisas”.

O ex-ministro admite mesmo que a legislação possa prever medidas mais duras para evitar situações com cães perigosos como as que foram noticiadas nos últimos dias. “Há um ponto que é muito importante que é a criação destes animais. É preciso começar a pensar em ir mais longe na legislação e admitir a possibilidade de proibir a criação dos cães de raças perigosas ”, diz.

Nesta terça-feira, um cão de raça Rottweiler atacou uma criança de quatro anos, em Matosinhos. O cão andaria na via pública sem trela e sem açaime.

Nos primeiros três meses deste ano, de acordo com os dados da GNR, registaram-se 65 ataques que causaram 71 vítimas. Em 2016, a GNR registou 235 ataques de cães a pessoas, que tiveram como consequência 284 vítimas