PGR prolonga limite para o fim da Operação Marquês

Joana Marques Vidal decidiu que inquérito tem de ficar fechado três meses depois da receção da última carta rogatória

A Procuradora-Geral da República decidiu que a investigação precisa de três meses após a receção da última carta rogatória para concluir a Operação Marquês, que tem como arguido o ex-primeiro-ministro José Sócrates.

Os procuradores responsáveis pelo inquérito tinham considerado que finais de julho seria o prazo mais provavel para o despacho final, mas Joana Marques Vidal preferiu não estabeler para já uma data em concreto, dado não se saber qual o tempo que vão demorar a chegar as diligências que foram pedidas a outros países.

Em comunicado, a PGR esclarece que "o pedido de cooperação dirigido às autoridades angolanas encontra-se já cumprido, devendo ser devolvido em breve". No que respeita às cartas rogatórias enviadas à Suiça, refere a mesma fonte, "foi obtida a informação de que duas aguardam o decurso dos prazos de notificação e deverão ser devolvidas de seguida". 

Existe ainda um terceiro pedido pendente "junto das autoridades da Suiça, para obtenção de dados bancários", que "foi objeto de oposição por parte de um dos arguidos e decorre ainda prazo para eventual recurso para outra instância". Refere-se, portanto, que perante tais circunstâncias, neste momento, "não é possível prever a data sua devolução". 

É por isso que Joana Marques Vidal, "dedidiu prorrogar por 3 meses, contados da data da devolução e junção ao inquérito da última carta rogatória a ser devolvida, o prazo para encerramento do inquérito". 

O i sabe que o despacho de Joana Marques Vidal de prorrogação está datado de hoje.

Ao que o i apurou alguns arguidos já terão sido notificados.