Pedro Rodrigues criou o movimento "Portugal não pode esperar" como um espaço de reflexão e é com esse espírito que inicia amanhã uma volta que deve passar por todos os distritos até ao início do próximo ano.
O pontapé de partida é dado em Évora, com reuniões agendadas com a Associação MetAlentejo, a Direção da Associação de Estudantes da Universidade de Évora e a Comissão Política Distrital do PSD Évora.
Um pouco por todo o país, nas capitais de distrito e não só, o grupo liderado por Pedro Rodrigues vai ouvir "as entidades mais representativas do ponto de vista social, económico e até educativo" de cada região.
"Queremos abrir a discussão ao país real", diz Rodrigues ao i, explicando que no final os contributos serão reunidos num livro "com propostas políticas nas áreas estratégicas para o país".
Mas as propostas que Pedro Rodrigues está a desenhar através destes contactos não se vão ficar apenas pela publicação de um livro.
"É natural que essas propostas políticas sejam levadas ao Congresso", admite o social-democrata, que não descarta vir a apresentá-las em moção na próxima reunião magna do PSD no início do próximo ano.
No movimento, no qual já estão a trabalhar mais de 100 pessoas, "há ex-autarcas, ex-membros do Governo, médicos, empresários, pessoas de todas as áreas".
"Não é a falar para dentro que se ganham eleições", afirma Pedro Rodrigues, que diz que essa atitude sempre fez parte do ADN do PSD.
Apesar disso e da atitude crítica que tem assumido em relação a Pedro Passos Coelho, Pedro Rodrigues não se quer posicionar como um adversário na corrida à liderança do partido.
"Este movimento não tem o objetivo de chegar ao poder", frisa Pedro Rodrigues, que diz querer apenas dar um contributo para a construção de "políticas alternativas" que acredita só poderem ser construídas a partir dos contributos do "país real".
