Maxi: “Pode ser meu amigo, mas no túnel talvez já nem o cumprimente”

O lateral direito do FC Porto falou pela primeira vez sobre os motivos que o levaram a trocar o Benfica pelo FC Porto. 

Maxi falou da forma como encara o futebol e como defende o seu clube e os seus companheiros, em particular quando defronta amigos que jogam na equipa rival, como é o caso de Gaitán com quem jogou no Benfica. "Entrar em campo é defender os meus companheiros, o trabalho dos funcionários e toda a gente. Esse tem de ser um pouco o compromisso do jogador. Não pode ter amigos em campo, mesmo que do outro lado esteja o melhor amigo. Sempre o encarei assim. Essa é a única maneira de estar completamente focado".

"Sentia-me como uma criança, pelos nervos de jogar contra ex-companheiros… Mas era tanta a vontade, que estava a mil à hora. E tinha esse amigo do outro lado, mas é como digo: pode ser meu amigo, mas se o vejo no túnel… talvez já nem cumprimente, mesmo que há 3 horas tenhamos falado por telefone. Esse foi dos jogos mais bonitos que vivi com a camisola do FC Porto"

Da Luz para o Dragão

 O lateral uruguaio garante que o facto de ter deixado o clube dos encarnados pelos dragões não se deve ao valor monetário que recebe, mas sim porque queria sentir o que é ganhar pelos FC Porto.

"Pensar que vim para cá [FC Porto] por dinheiro e que só isso é que me interessava é uma grande mentira. Tinha ofertas de outros clubes que me davam mais dinheiro, mas noutros países. A vida não ia ser a mesma que aqui, não teria a tranquilidade que tenho em Portugal e a verdade é que eu e a minha família não quisemos ir", disse durante uma entrevista ao programa Universo Porto, do Porto Canal.

"Sempre me disseram que seria muito acarinhado, falei com a minha família e a partir daí passou a ser a minha prioridade. Falei com o meu empresário e disse-lhe: ‘vamos’. Queria ser campeão por este clube e a verdade é que quero sair daqui campeão, quero sentir realmente o que é ganhar pelo FC Porto", rematou.