Smartphones e tablets podem atrasar fala das crianças

Quanto mais tempo estiverem a brincar com os ecrãs táteis, maior é o risco de desenvolverem linguagem tarde

Um estudo norte-americano concluiu que as crianças com menos de dois anos que usam dispositivos com ecrãs táteis desenvolvem a linguagem mais tarde.

A investigação incluiu a avaliação de quase mil crianças entre os seis meses e os dois anos, entre 2011 e 2015.

A massificação dos smartphones, dos tablets e dos jogos eletrónicos levou a que bebés comecem a usar este tipo de dispositivos, de ecrãs táteis, ainda antes de falar. E, segundo este estudo da Sociedade Norte-americana de Pediatria, essas crianças correm o risco de atrasem o desenvolvimento da fala.

O estudo revelou que, aos 18 meses, 20% das crianças avaliadas passavam 28 minutos a passar os dedos num qualquer ecrã tátil, sendo que os investigadores concluirão que quanto mais tempo a criança passa com o smatphone ou tablet maior é a probabilidade de ter atrasos na fala.

De acordo com a investigação, por cada aumento de 30 minutos de utilização de um destes dispositivos, o risco de atraso na fala aumenta 49%.

As conclusões do estudo serão apresentadas, este sábado, pela Sociedade Norte-americana de Pediatria, em São Francisco, nos EUA.

O estudo vem assim na senda da mais recente recomendação da Sociedade Norte-americana de Pediatria, de evitar que crianças com menos de 18 meses utilizem aparelhos com ecrãs táteis.