A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) vai decidir até ao final do mês de junho a entrada no capital do Montepio e já pediu estudos a consultoras independentes para avaliar essa operação. A condução do processo está nas mãos do vice-provedor, Edmundo Martins.
A garantia foi dada por Pedro Santana Lopes à margem da conferência durante a apresentação de resultados. “Estamos a estudar uma possibilidade que nos foi colocada para depois tomar uma decisão fundamentada”, explicou.
O provedor voltou a chamar a atenção para o facto de “não entrar em aventuras”, mas deixando a ressalva que: “não é esse o caso”.
Ao mesmo tempo, lembrou que, caso avance para o capital da instituição financeira, isso não seria necessariamente uma estreia neste tipo de “participações financeiras”. E dá exemplos, como a Imoleasing e a Lusitânia Seguros, esta última também detida pela dona do Montepio.
Estas negociações foram inclusivamente dirigidas por pessoas da mais variada orientação, desde o Padre Vítor Melícias, Pedro Vasconcelos ou Fernanda Mota Pinto, enumerou o provedor. Santana Lopes deixa, no entanto, a ressalva de que não quer com isto dizer que a Santa Casa vai participar.