CGD: PSD vê motivações políticas em fecho de balcões

Começaram por ser 69, mas afinal serão apenas 60 os balcões que a CGD vai encerrar de norte a sul do país para cumprir o plano de reestruturação desenhado por António Domingues. Apenas um dos que vai fechar é uma sede de concelho. E o PSD acha que a explicação está nas autárquicas.

CGD: PSD vê motivações políticas em fecho de balcões

"O anunciado encerramento da agência da CGD em Almeida é uma brutalidade que não tem nenhuma explicação conhecida a não ser aparentemente razões político partidárias", defende o deputado do PSD Carlos Peixoto.

O social-democrata eleito pelo distrito da Guarda diz que é essa a conclusão óbvia quando se olha para os planos iniciais da Caixa e se vê que dos nove balcões que afinal não vão fechar oito estão em concelhos liderados pelo PS.

"Dizemos isto porque a CGD tinha anunciado o encerramento de 69 balcões. Deixou nos últimos dias cair nove desses balcões, sendo  certo que destes nove que se vão manter abertos, oito situam-se em câmaras lideradas pelo PS", justifica Carlos Peixoto.

A exceção a esta regra encontrada pelo PSD é Marvão, um concelho liderado por uma autarquia social-democrata.

"E esta situação de Marvão é exatamente igual à que acontece em Almeida. Almeida encerrou, Marvão mantém-se aberto e bem porque era uma sede de concelho", nota Carlos Peixoto, que considera "uma brutalidade" privar a cidade de Almeida de um balcão da Caixa.

"Não é aceitável nem admissível que Almeida seja a única sede de concelho deste país que vá ficar sem uma representação da CGD", vinca Peixoto, que acha que este encerramento é "mais um desastre anunciado no interior do país".

Carlos Peixoto exige, por isso, explicações ao Governo, apesar de referir que o PSD "reconhece como inevitável e natural o processo de reestruturação que está em curso na CGD".

O que o PSD defende é que a Caixa Geral de Depósitos tem "o dever de estar presente e representada onde a oferta privada ou é escassa ou é totalmente nula" e que esse "é o caso rigorosamente de Almeida".