Tecnologia. Nuvem marca a tendência em todos os setores e atividade económica

Evolução dos serviços móveis baseados na Cloud são o núcleo da nova revolução industrial. Expetativa é que todos os aspetos transformativos desta inovação estejam presentes em todos os sistemas empresariais

O futuro da economia passa pela nuvem (Cloud). O desenvolvimento das aplicações e a evolução dos serviços móveis baseados na Cloud constituem o núcleo da nova revolução industrial.

A integração das plataformas e das infraestruturas é a forma de inovar com velocidade e eficiência. Os especialistas apontam que a o futuro das empresas e das economias depende desta transformação. A Orcale é uma das principais empresas mundiais a operar nesta área e num documento de trabalho recente aponta as principais tendências para o futuro, quer mais imediato, quer a mais médio prazo, sobre o trabalho e a economia na nuvem.

A multinacional norte-americana tem sido um dos players da transformação digital da economia e tem ao longo do tempo apresentado tecnologia e soluções de SaaS (Software-as-a-Service), PaaS (Platform-as-a-Service) e aponta que o panorama da IaaS (Infrastrcture-as-a-Serive) continua a evoluir e a ganhar credibilidade em todos os negócios.

A expetativa é que todos os aspetos transformativos da Cloud estejam presentes em todos os sistemas empresariais. A transformação reflete a necessidade dos empresários deixarem de se preocupar com as infraestruturas.

“Há uma grande variedade de empresas e setores a adotar o modelo cloud”, diz o Country Manager da Oracle Portugal. De acordo com Hugo Abreu, neste momento a nuvem representa quase 10% do negócio total da Oracle a nível mundial e “no negócio em Portugal também estamos a aproximar-nos desses valores”.

A expetativa é que o crescimento da Cloud seja acentuado nos próximos anos, em diferentes áreas e tecnologias e, segundo o responsável, a adoção deste modelo está a ser “disruptivo na economia” uma vez que mesmo os setores mais tradicionais “estão a ser pressionados pela concorrência” para a mudança.

“A verdade é que não existe uma obrigatoriedade teórica de se caminhar para a cloud, mas na prática, todas as empresas que estão a ser criadas, startups que trazem negócios inovadores, por eficiência optam por nascer na cloud”, acrescenta por seu lado o diretor de pré-venda da Oracle Portugal.

De acordo com João Borrego, “os clientes sentem necessidade de adaptação à mudança” que permita uma velocidade e agilidade”, uma vez que “o mercado exige um serviço diferente”. Daí que a Oracle esteja também a operar no IaaS.

“As ideias dos clientes é que têm acabado por dinamizar todo o nosso negócio de cloud. Hoje praticamente não há nenhum setor de atividade que não esteja a adotar soluções Cloud”, afirma o country manager da Oracle Portugal.

Indústria

Hugo Abreu sustenta que a mudança é mais “demorada para as grandes empresas”, enquanto a transformação para as PME é mais imediata” mas que é o negócio que acaba por ser o fator dinamizador”.

O responsável aponta que, por exemplo, o “modelo Cloud é disruptivo no setor industrial, em toda a cadeia de valor”, uma vez que torna “os processos mais eficientes”.

Já João Borrego argumenta que independentemente da dimensão das empresas, sente-se “uma necessidade de adaptação rápida à mudança” e que a “Cloud é sempre o ‘enabler’ da transformação digital” já que permite “fazer uma nova oferta em função da informação”.

A Internet of Things ou os Big Data são exemplos de desenvolvimentos que são exponenciados na nuvem e que há vários desafios da economia atual ajudados a resolver pela tecnologia.

Mas, lembra Hugo Abreu, “os modelos Cloud são muito atrativos, mas não são a paneceia para todos os problemas”. o crescimento está nas “ideias dos empresários e a boa gestão das empresas”.