Uma criança morreu ontem, em Castelo Branco, vítima do que poderá ter sido um caso de morte súbita. Vários meios de comunicação chegaram a avançar com a morte de uma segunda criança, mas esta ainda não foi confirmada.
O primeiro caso ocorreu no infantário Alfredo da Mota. O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Castelo Branco revelou que recebeu um alerta pouco depois das 10h00, dando conta do caso de uma menina de quatro anos que se tinha sentido mal no estabelecimento escolar. A criança estava em paragem cardiorrespiratória e foi transportada para o hospital, onde foi declarado o óbito, depois de ter sido submetida a manobras de reanimação.
Pouco tempo depois, foi noticiada a morte de uma outra criança, desta vez na Anadia, distrito de Aveiro. O menor, de 11 anos, tendo sido levado para os Cuidados Intensivos do Hospital Pediátrico de Coimbra. A notícia da morte desta criança começou por ser avançada no site do canal televisivo TVI24, mas, pouco tempo depois, o artigo foi corrigido. O i sabe que esta criança encontra-se neste hospital, com prognóstico reservado, e que se sentiu mal quando estava a brincar. Na altura do sucedido, não se encontrava num estabelecimento escolar. De acordo com a TVI24, o menor já teria antecedentes de problemas cardíacos.
A Procuradoria-Geral da República ainda não revelou se vai investigar os casos.
Casos de morte súbita Em março, o Correio da Manhã noticiou o caso de um bebé de oito meses que foi vítima de uma aparente morte súbita. Uma educadora do centro escolar Dr. Salgueiro de Almeira, em Arroios, Lisboa, ia dar o biberão ao bebé quando se apercebeu que este não estava a respirar. O INEM e a Polícia de Segurança Pública (PSP) estiveram no estabelecimento escolar, mas o bebé acabou por morrer no local.
Dados da Direção-Geral de Saúde (DSG) fornecidos ao i mostram que, nos últimos anos, houve uma redução do número de casos de morte súbita em bebés com até um ano de idade. Em 2002, tinham sido registados seis casos destes, subindo para oito em 2003 e 2004. Em 2006, foi registado apenas um caso, subindo para três no ano seguinte. Em 2008, 2010 e 2011, foram apenas registados um caso em cada um dos anos, voltando a subir para três em 2014 (dado mais recente disponibilizado pela DGS).
Pouco se sabe sobre esta condição e sobre o que a provoca. No entanto, segundo a Sociedade Portuguesa de Pediatria, 95% dos casos de morte súbita ocorrem antes dos seis meses de idade. Normalmente, ocorrem durante o sono, sem aviso prévio, em bebés aparentemente saudáveis.
