Homem que ficou inconsciente diz que foi ‘tratado como um animal’ por GNR

“Ele [o militar] não me podia tratar daquela maneira, como um animal”

Jair Costa, o homem de nacionalidade brasileira que ficou inconsciente nas Finanças do Montijo depois de ter sido imobilizado por um militar da GNR, fez questão de esclarecer o que aconteceu.

Numa entrevista concedida esta quarta-feira à SIC, o cidadão brasileiro garante que o momento e as ações efetuadas foram exageradas e que não foram as mais adequadas, tendo em vista o estatuto profissional dos indivíduos envolvidos.

Jair Costa começou por dizer que se dirigiu ao balcão das Finanças para pedir ajuda para fazer o seu IRS e que a funcionária “foi super grossa [mal-educada]” ao lhe dizer que não se fazia o IRS naquele espaço.

O cidadão brasileiro terá questionado a funcionária por se ter negado a ajudá-lo, altura esta em que surge o militar da GNR, que se encontrava à civil, que o convida para uma conversa no exterior do edifício.

“Estou com alergia e sem paciência. Quero e exijo que se retire daqui. Elas [as funcionárias] não têm obrigação nenhuma de fazer o seu IRS”, disse o militar da GNR, de acordo com as palavras de Jair Costa.

O mesmo nega as acusações feitas pelo GNR que alegadamente terá dito que o brasileiro o tentou pontapear e garante que decidiu filmar o sucedido porque “estava indignado com o que se estava ali a passar”.

"Ele [o militar] não me podia tratar daquela maneira, como um animal”, disse Jair.

O militar da GNR está a ser acusado de brutalidade por ter deixado inconsciente o homem, que tinha ido fazer uma reclamação na repartição das finanças do Montijo e o caso está a ser investigado pelo Ministério Público.

No vídeo, tornado público, é possível ver Jair Costa, a quem foi aplicado uma manobra no pescoço capaz de provocar asfixia, pelo militar que estaria de folga, até perder os sentidos.  

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