Autárquicas. PSD quer reforçar número de câmaras no Porto

PSD quer ser o maior partido autárquico no distrito do Porto. Hoje há reunião entre candidatos para afinar estratégias e discursos

O objetivo do PSD para as eleições autárquicas de 1 de outubro no distrito do Porto está traçado: os sociais-democratas, sozinhos ou em coligação com o CDS ou o PPM, querem “não só manter as oito presidências conquistadas em 2013 como reforçar esse número”.

“Para o PSD essa meta é perfeitamente alcançável. As câmaras conquistadas em 2013 [três sozinho e cinco em coligação – quatro com o CDS e uma com o PPM] são para manter. Mas queremos mais e estamos convictos de que o vamos alcançar”, disse ao i o presidente de distrital do Porto do PSD e também presidente da Câmara da Maia, Bragança Fernandes.

E continuou: “Com o PS como está no distrito, como ainda muito recentemente se viu relativamente ao concelho do Porto, o PSD tem todas as condições para vencer as eleições e ser o partido com maior número de presidências de câmara no distrito a 1 de outubro”.

Para preparar esse ‘assalto’, o PSD vai juntar hoje na estalagem da Via Norte, 17 dos 18 candidatos aos municípios do distrito, sob a presidência do vice do partido Marco António Costa.

Para Bragança Fernandes, que atingiu o limite de mandatos à frente da Câmara da Maia (três) e por isso não pode recandidatar-se, a reunião tem um propósito: “Afinar as estratégias e os discursos, além da partilha de experiências e ensinamentos relacionados com as campanhas eleitorais e respetivos procedimentos”.

“Para já só não estará presente nos trabalhos o candidato por Matosinhos que está prestes a ser escolhido. Tudo indica que este será o 12.º concelho do distrito onde PSD e CDS concorrerão coligados”, adiantou ao i.

O dirigente esclareceu ainda que uma das principais tarefas dos candidatos do partido (a sós ou em coligação) passa por “trazer de novo credibilidade à política, uma vez que esta está muito desacreditada junto das populações e dos eleitores”.

“Por isso precisamos de conversar e acertar o que de bom já se fez e o que correu mal, para melhorar. Estamos convencidos que vamos ter excelentes resultados no distrito, o PS está todo partido”, atirou, dando como exemplos, “além do Porto, e entre outros casos, o que se passa na Maia, onde o filho de Vieira de Carvalho [um histórico autarca que passou pelo CDS, primeiro, e depois pelo PSD ] vai candidatar-se pelo PS”.

Já sobre o concelho do Porto, Bragança Fernandes defendeu que o PSD “tem um candidato muito bom [Álvaro Almeida], um independente apoiado em coligação com o PPM, um homem do Porto que conhece muito bem a cidade e os seus problemas. Vamos ao Porto para ganhar. É esse o espírito”, disse, esclarecendo que no final do encontro de hoje caberá ao cabeça de lista à Invicta apresentar as conclusões do encontro.

Numa curta declaração ao i, Marco António Costa adiantou que o encontro “é uma excelente iniciativa da distrital” com um objetivo muito claro: “Permitir articular as diferenças entre as candidaturas e mobilizar os militantes” para a campanha que aí vem.

O PSD em 2013 conquistou sozinho as câmaras de Marco de Canavezes, Paredes e Póvoa de Varzim. Em coligação com o CDS venceu ainda em Amarante, Maia, Penafiel e Trofa e, junto com o PPM, ganhou Felgueiras.

Além das esperadas 12 coligações com o CDS no distrito (Amarante, Maia, Penafiel, Trofa, Lousada, Gaia, Vila do Conde, Valongo, Santo Tirso, Baião, Gondomar e, tudo indica, Matosinhos), o PSD apresenta-se junto com o PPM no Porto e em Felgueiras e sozinho no Marco, em Paredes, na Póvoa e em Paços de Ferreira.