EUA libertam Chelsea Manning

A soldado transgénero que em 2010 transferiu milhares de documentos confidenciais para a Wikileaks foi perdoada por Obama. 

A soldado transgénero que transferiu centenas de milhares de documentos confidenciais norte-americanos sobre as guerras no Iraque e Afeganistão é libertada esta quarta-feira, passados sete anos na prisão. A pena de 35 anos de Chelsea Manning – antes Bradley Manning – foi anulada por Barack Obama nos últimos dias da sua presidência.

Não se conhecem muitos detalhes sobre a libertação de Manning, que passou os últimos anos na prisão militar do Fort Leavenworth, no Kansas, em sucessivos recursos contra a sua pena e pedidos para que fosse tratada como uma detida mulher. As informações foram ocultadas por receios de represálias.

Sabe-se, porém, através de um fundo que angariou 135 mil dólares para ajudar Manning com a sua vida fora da prisão, que a militar americana deve mudar-se para Maryland. Chelsea continua no exército americano, mas espera o desenrolar do seu processo em Tribunal Marcial – oficialmente, Manning está em licença sem vencimento.

Chelsea Manning transferiu informações confidenciais como dados sobre detidos em Guantánamo, milhares de comunicações do Departamento de Estado e vídeos como o que foi gravado em 2007, em Bagdade, por um helicóptero americano Apache que abriu fogo sobre um grupo onde se encontravam dois jornalistas da Reuters.