Macedo critica políticos e acusa-os de empurrar Caixa para “arena política”

Uma das prioridades da administração é o regresso aos lucros, ao afirmar que “um banco que não gere capital tem de encolher”.

Uma das prioridades de Paulo Macedo é o regresso aos lucros, ao afirmar que “se a CGD não apresentar lucros, terei um duplo problema. Um banco que não gere capital tem de encolher. A Caixa tem de gerar lucros, é indispensável”, salientou na apresentação de resultados, depois do banco ter apresentado perdas de 39 milhões no primeiro trimestre.

E esclareceu a estratégia: “a perspetiva que temos é que nos devemos focar muito mais na atividade do que propriamente apenas nos custos extraordinários. O que queremos é que este resultado recorrente, trimestre após trimestre, seja superior”.

O presidente da Caixa criticou ainda a atuação dos políticos, acusando-os de diariamente levar o dossier Caixa para a discussão política. “Todos os dias, o que vemos é diferentes atores políticos a arrastar a Caixa para a arena política”, acusou.

Já em relação ao fecho de balcões garantiu que “não recebeu um pedido por parte do governo para qualquer análise ou para ter cuidado. Não houve qualquer pressão”, referiu. O presidente da Caixa admitiu ainda ter falado com 13 autarcas apenas após o anúncio de quais as agências que seriam fechadas. Um deles foi o presidente de Almeida. Ainda assim, não prevê mais encerramentos este ano. “Por exemplo, um dos balcões que encerramos foi porque a entidade pública nos pediu para sair porque o edifício iria ter outro objeto. Outro sítio foi porque nos aumentaram a renda”, acrescentou.