Novo Banco reduz prejuízos

O Novo Banco (NB) teve um resultado líquido negativo de 130,9 milhões de euros entre janeiro e março. No mesmo período do ano passado o prejuízo tinha sido de 249,4 milhões de euros. A diminuição de 47% foi conseguida com a redução de custos e a descida das provisões e imparidades. 

Os resultados do primeiro trimestre "refletem o esforço de consolidação operacional prosseguido desde o exercício de 2016", destacou o NB no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os gastos operacionais recuaram 12,9% para 135,2 milhões de euros. O valor reflete o encerramento de cerca de 100 balcões e na saída de quase 1300 trabalhadores. No final de março o banco liderado por António Ramalho tinha 536 agências e 6.037 colaboradores. As provisões e imparidades diminuíram 60,5%, para 137,4 milhões de euros.

O presidente do NB realçou que a melhoria dos resultados da entidade demonstra o esforço de recuperação da entidade financeira. “É uma descida do prejuízo de mais de 47%, isto é, quase para metade, e esta melhoria faz parte da maratona de recuperação que estamos a realizar",disse António Ramalho, citado pela agência Lusa.

O responsável salientou ainda a "normalização" da atividade do Novo Banco ao nível dos depósitos e do crédito, bem como para a redução "de dois dígitos" dos custos operacionais no primeiro trimestre.

Sobre a redução das provisões – 137,4 milhões de euros nos primeiros meses do ano, menos 60,5% do que em igual período do ano passado – António Ramalho considerou “normal que os níveis de imparidade se vão reduzindo", prevendo uma manutenção desta tendência nos próximos trimestres.

Para o resto do ano, António Ramalho lembrou que "as contas de 2017 ainda vão ser marcadas pela venda do banco", que está em curso depois de ter sido alcançado um acordo com a norte-americana Lone Star. "É o ano de transição. A normalização da atividade é importante para assegurar a transição acionista", disse o gestor.