Irão fazer o jogo das suas vidas? Peixe acredita que sim

Empate frente a costa-riquenhos deixa Portugal no terceiro lugar do Grupo C. Jogo contra a seleção iraniana é visto como uma final antecipada

Vida complicada para os jovens comandados por Emílio Peixe no Mundial de sub-20 a decorrer na Coreia do Sul. Depois da derrota com a Zâmbia (2-1), no encontro inaugural do Grupo C, a seleção portuguesa consentiu um empate, esta quarta-feira, diante da Costa Rica (1-1). Um ponto em seis já disputados deixa a seleção das quinas na terceira posição do grupo e as esperanças todas elas concentradas no jogo frente ao Irão (agendado para sábado, às 9h de Portugal Continental).

Uma autêntica final para Portugal, que ainda tem hipóteses de sonhar com os oitavos de final numa competição em que participa há quatro anos consecutivos. E na qual tem pergaminhos: sagrou-se bicampeão, em 1989 e 1991. Já lá vão 26 anos desde o último título, em que Peixe não só marcou presença como foi um dos protagonistas.

Mas voltemos ao presente.

Antes de chegar à Coreia do Sul, o agora selecionador adiantou: “O nosso primeiro grande objetivo é passar à fase seguinte; o segundo é ficar em primeiro no grupo”. Um já não dá para ser cumprido e o outro está comprometido.

Em caso de vitória por mais de dois golos frente ao Irão, Portugal ainda pode garantir a segunda posição do grupo (sendo que fica dependente do número de golos de um possível triunfo da Costa Rica). Ou, ainda noutro cenário, a passagem aos ‘oitavos’ pode ser validada se o conjunto luso for um dos quatro melhores terceiros classificados, mas, e atenção, neste caso Peixe e respetivo cardume ficam sempre à espera do que possa acontecer nos restantes cinco grupos do Mundial.

“Precisamos de vencer o Irão para passarmos à próxima fase. Agora vamos recuperar os jogadores para que possamos continuar a jogar para vencer. Não será fácil, porque o Irão também tem uma boa equipa, mas teremos de fazer o jogo das nossas vidas”, disse no fim do encontro Emílio Peixe.

 

Foi-se o brilho e a vitória

Num jogo em que os golos só surgiram da marca dos onze metros, e em que Peixe lançou quatro alterações relativamente ao primeiro jogo, a seleção entrou com ganas de vencer. A primeira oportunidade de golo só chegou, no entanto, aos 20 minutos. Apesar disso foi mesmo Portugal a chegar à vantagem com Diogo Gonçalves, o melhor em campo do lado português, a ver a sua insistência premiada com um pénalti, mal assinalado, que converteu com sucesso ainda antes do intervalo (31’). A Costa-Rica não demorou a reagir e, aproveitando a descida da formação lusa, recebeu o mesmo presente à entrada da segunda parte. Aos 48 minutos, Jimmy Marín também não falhou o alvo, embora com alguma sorte à mistura, numa grande penalidade que, à semelhança da lusitana, deixou dúvidas a todos menos ao árbitro, que não recorreu ao vídeo-árbitro. Um resultado pouco desejado, num jogo que ainda viu o capitão Rúben Dias ser expulso aos 71 minutos.

“Acreditamos todos que é possível ganhar ao Irão e passar à próxima fase”, garantiu ao site da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) o autor do único golo português. Também Yuri Ribeiro acredita que o grupo vai “conseguir demonstrar o valor desta seleção frente ao Irão”. Note-se que, para já, a par da Zâmbia (que bateu Portugal na primeira jornada e ontem o Irão), também a anfitriã Coreia do Sul (Grupo A) e a Venezuela (Grupo B) são presenças garantidas nos oitavos de final depois de terem vencido os respetivos dois primeiros encontros.