SEF manifesta repúdio por declarações de ministra da Administração Interna

Constança Urbano de Sousa disse que SEF é uma estrutura “pesada” e com gestão de pessoal “inflexível”. Com estas declarações, o sindicato diz que ministra “não só prestou um mai serviço ao país ao desvalorizar em público a sua força e segurança mais eficieente, como deu uma triste figura de si própria”. 

Os inspetores do SEF  manifestaram “repúdio” pelas declarações da ministra da Administração Interna para quem esta força de segurança é uma estrutura “pesada” e com gestão de pessoal “inflexível”.

Em comunicado o sindicato diz que  Constança Urbano de Sousa “não só prestou um mau serviço ao país ao desvalorizar em público a sua força de segurança mais eficiente, como deu uma triste imagem de si própria”.

As declarações da ministra foram feitas na passada sexta-feira, quando anunciou uma nova lei orgánica e estatuto profissional para o SEF.

A pesar de teradmitido que há falta de efetivos no SEF, a gobernante sustentou que “há também carências estruturais”. “A sua estrutura orgânica é muito pesada para a sua dimensão. A gestão de pessoal revela-se muitas vezes absolutamente inflexível”, disse, acrescentando que a introdução de “alguma flexibilidade permitirá acabar com a excessiva burocratização dos procedimentos, reconhecida morosidade no atendimento e na concessão de algumas autorizações de residência, bem como nos constrangimentos que hoje se sentem nos principais postos de fronteira”.

“É também é necessário que este serviço se modernize através da engenharia de procedimentos que torne menos burocrático, melhor gerido e que permita aos seus funcionários cumprir com sentido de profissionalismo a sua missão”, sustentou a ministra, destacando os concursos realizados em 2016 e 2017 para a admissão de novos inspetores.  

Em comunicado, o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF) sublinha que o "serviço pesado é responsável pelo controlo de fronteiras externas nacionais, fiscalização da permanência dos cidadãos estrangeiros em território nacional, investigação de crimes relacionados com a imigração, nomeadamente o auxílio à imigração ilegal, tráfico de seres humanos e outros conexos, além da instrução de processos de asilo e refugiados e participação nas missões externas atribuídas a Portugal".

Além disso, remata ainda o sindicato, "apesar dos escassos meios humanos do SEF, a inflexibilidade destes 750 inspetores tem permitido o cumprimento da sua missão sem falhas".