Finais de Taças. Os grandes açambarcadores da Europa!

Celtic, Barcelona, Arsenal, Paris Saint-Germain são os que mais taças dos seus países têm nas vitrinas e passaram a somar mais uma cada um. Borussia Dortmund também vencedor

Fim de semana de Taças. Ou melhor: fim de semana de finais de Taças. Um pouco por toda a Europa, as épocas foram encerrando com o jogo habitual. Maior ou menor entusiasmo, mais alegria ou menos alegria, mas certamente algum alívio, ainda que não muito retemperador, para dois gigantes do futebol mundial, Arsenal e Barcelona.

Ao bater, em Wembley, o campeão Chelsea (2-1), Wenger pode estar de abalada mas leva consigo um recorde invejável: treinador que mais Taças de Inglaterra conquistou – 7. E o Arsenal, que falhou o título, que falhou a presença na Liga dos Campeões da próxima época, que saiu envergonhado da sua batalha europeia frente ao Bayern de Munique, festejou a sua 13.a vitória na competição, o que também é único na história do futebol inglês, deixando para trás as 12 do Manchester United.

Agora, o treinador francês poderá encarar o futuro de forma mais descontraída, algo que se tornou visível na alegria pouco habitual com que comemorou o feito.

Mais a norte, em Glasgow, no Hampden Park, o Celtic também somou mais uma Taça da Escócia ao vencer na final o Aberdeen por 2-1, com o golo decisivo a surgir já nos descontos. Para os rapazes que esta semana comemoraram os 50 anos da vitória na Taça dos Campeões Europeus, invadindo Lisboa e o Estádio Nacional, onde bateram os italianos do Inter num momento inesquecível da sua história, é o 37.o troféu. Impressionante! Recordistas do seu país, também eles, com mais quatro conquistas do que o rival Rangers.

E, para não fugir à regra, o Barcelona – clube com mais vitórias na Taça do Rei, 29 contra 23 do Athletic Bilbao e 19 do Real Madrid – venceu o Alavés na despedida do Vicente Calderón. Messi foi, como de costume, o homem do jogo. Um golo ao passar da meia hora e um lance extraordinário sobre o intervalo a oferecer o 3-1 a Alcácer. Para Luis Enrique, que resolveu mudar de vida, como o próprio fez questão de dizer, é a terceira Taça do Rei em três anos – um tri que não aparecia desde o ano longínquo de 1953, também aí com a assinatura dos blaugrana de Barcelona.

 

Amarelo e azul

Na Alemanha e em França, a festa pintou-se, respetivamente, de amarelo e de azul. O Borussia Dortmund também assinou a conquista da Taça, batendo o Eintracht Frankfurt (2-1). Curioso sublinhar que a equipa de Dortmund cumpriu a sua quarta final consecutiva da prova no Olímpico de Berlim, habitual palco da final alemã. E as últimas três presenças tinham ficado pintadas a negro, com três derrotas, frente ao Bayern de Munique, ao Wolfsburgo e de novo perante os bávaros. Uma espécie de mau-olhado não prometia nada de bom, até porque o Eintracht respondeu bem ao golo madrugador (8 minutos) de Dembélé. Rebic assinou o empate, aos 29, e as coisas mantiveram-se equilibradas, Houve até um remate do futuro benfiquista Seferovic ao poste. Mas, finalmente, o inevitável Aubameyang decidiu o resultado na transformação de uma grande penalidade – 67 minutos.

Em Paris, no Estádio de França, o Paris Saint-Germain seguiu a tendência europeia e passou a ser, isolado, o maior açambarcador de Taças de França – tem agora 11, contra 10 do Marselha. Se havia a ideia de que o Angers seria um adversário fácil de bater, ela cedo se desfez. Foi preciso esperar pelos 90 minutos… e mais uns pozinhos. No início dos descontos, Di María apontou um canto e Cissokho atrapalhou-se, metendo a bola na própria baliza e fixando o resultado (1-0). Emery, o treinador do PSG, parece ter garantido a permanência à frente da equipa, deitando por terra as teorias que o davam substituído por Jesus na próxima época. Disse: “Fico!”