Este hábito é cada vez mais frequente e só faz mal às crianças

Especialistas estão preocupados com a utilização dos tablets e as horas passadas à frente da televisão

Há hoje uma geração de crianças que desde muito tenra idade está habituada e (não raras vezes) viciada na utilização de tablets. Os pais, eles próprios cada vez mais dependentes de tecnologia, estimulam o uso destes dispositivos, que agora estão já a entrar na cama dos mais novos, apesar de todos os alertas, revelou um estudo da britânica Childwise que acompanhou os hábitos de 1034 pais de crianças com idades entre os seis meses e os quatro anos.

O Monitor Pre-School Report, citado pelo Daily Mail, concluiu que uma em cada 10 crianças com menos de quatro anos fica ‘colada’ ao monitor de um tablet a ver programas infantis na cama, apesar de as recomendações dos especialistas serem claras: a cama das crianças deve ser totalmente livre de qualquer dispositivo electrónico. Aliás, nas horas anteriores ao momento de deitar deve mesmo evitar-se ao máximo o uso de aparelhos electrónicos, nunca esquecendo que crianças até aos dois anos não devem de todo ver televisão nem usar tablets.

Conclui ainda o mesmo estudo que cada vez mais crianças em idade pré-escolar [3-5 anos] usam os telefones dos pais para aceder a aplicações e muitos deles têm mesmo o seu próprio tablet ou consola de videojogos.

Com o acesso a programas e jogos infantis cada vez mais facilitados na televisão e tablets, muitos pais recorrem a estes aparelhos para ajudar os filhos a adormecer. Mas a preocupação de adição a estes dispositivos é cada vez maior para os especialistas.

O estudo concluiu que nunca os bebés viram tanta televisão como agora, estando já numa média de 2.6 horas por dia, um aumento que se deveu nos últimos anos também à possibilidade de escolher na televisão os programas que se quer ver.

Aos dois anos, a maioria das crianças já está a usar tecnologia, sendo que quase todas aos quatro anos têm acesso total”, lê-se no relatório.

Um especialista em saúde infantil da britânica Royal Society of Medicine, Aric Sigman, apelou aos pais que “parem de estar constantemente a verificar os e-mails nos telemóveis em frente das crianças para tentar travar esta obsessão com tecnologia.”