Adolescentes portugueses continuam a consumir bebidas energéticas apesar dos riscos

Estudo envolveu centenas de adolescentes portugueses

Um estudo realizado, que envolveu centenas de adolescentes portugueses, concluiu que há uma elevada ingestão de bebidas energéticas, associadas ou não ao álcool, apesar do consumo destas não ser recomendado nesta idade.

O estudo foi publicado na edição de abril/junho da Ata Pediátrica Portuguesa – revista oficial da Sociedade Portuguesa de Pediatria – com o título “Bebidas energéticas: Qual a realidade na adolescência?” e orientado por pediatras do Hospital da Senhora da Oliveira, em Guimarães, e do Centro Hospitalar São João, no Porto.

Para a realização deste estudo foram analisadas respostas de 704 adolescentes, com idades compreendidas entre os 14 e os 19 anos. Este estudo revela que 76% dos jovens já tinham experimentado bebidas energéticas, tendo ocorrido a primeira ingestão entre os 12 e os 15 anos, em 85% dos casos.

Recorde-se que estas bebidas têm um elevado teor de cafeína, e são adicionadas outras substâncias, como é o caso de hidratos de carbono, aminoácidos, vitaminas e extratos de plantas.

Entre os vários efeitos adversos que estas bebidas provocam, estão a taquicardia, a agitação cefaleia, insónias, desidratação, tonturas, ansiedade, irritabilidade, tremores, aumento da tensão arterial e distúrbios gastrointestinais.

Com o consumo regular de bebidas enérgitcas, todos estes sintomas são agravados, fazendo com que as pessoas tenham convulsões, hemorragias, arritmias ou até mesmo alucinações e “podendo mesmo levar à morte”.
 

Em Portugal, existem poucos estudos relativos a esta temática que evidenciem a verdadeira realidade do consumo de bebidas energéticas na população dos