Militar morto por rebeldes estava no Mali há um mês

Portugal tem, de momento, 404 militares destacados em missões internacionais, espalhados por 14 zonas do mundo

Gil Fernando Paiva Benido, o sargento-ajudante que morreu ontem num ataque terrorista nas imediações de Bamako, capital do Mali, era um dos 12 militares portugueses ao serviço da União Europeia (European Union Training Mission – EUTM Mali). O militar, que integrava o contingente Nacional na Missão de Treino da União Europeia, estava no Mali há um mês, disse fonte oficial das Forças Armadas ao i.

O ataque perpetrado contra o grupo de militares da EUTM Mali deu-se pelas 16h000 de ontem, no Hotel Le Campement Kangaba – um local que, segundo as Forças Armadas explicaram em comunicado enviado às redações, “é reconhecido pela EUTM Mali como Wellfare Center [centro de bem-estar que pode ser usado pelos militares] entre os períodos de atividade operacional dos militares que prestam serviço neste país”.

No local, além do sargento-ajudante que acabou por morrer, encontravam-se outros militares da Força Internacional de outros países e mais um militar português que, segundo a mesma nota, saiu ileso do ataque. As Forças Armadas anunciaram ainda que vão abrir um inquérito para apurar as “ circunstâncias que envolveram o ataque terrorista em Bamako”.

Segundo dados disponibilizados por fonte oficial das Forças Armadas ao SOL e ao i, Portugal tem, de momento, 404 militares destacados em missões internacionais, espalhados por 14 zonas do mundo.

O corpo do militar ainda não foi transladado para Portugal e ainda não há data ou local para a realização das cerimónias fúnebres.

O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general Pina Monteiro, já apresentou “as sentidas condolências e o sentido pesar à família enlutada”.