Porsche recupera 18 voltas e vence as 24 Horas de Le Mans. Toyota viveu novo pesadelo

Marca alemã fez uma reviravolta épica e aumentou a supremacia na mítica prova de França. Filipe Albuquerque terminou em sexto

A 85ª edição das míticas 24 Horas de Le Mans, terceira prova do campeonato do mundo de resistência, foi uma das mais épicas de que há memória. Acabou, porém, com o desfecho habitual: a Porsche a subir ao topo do pódio, pela 19ª vez na história da marca de Estugarda e terceira consecutiva. O alemão Timo Bernhard e os neo-zelandeses Earl Bamber e Brendon Hartley protagonizaram uma recuperação fantástica, depois de nas primeiras horas da prova terem chegado a estar a 18 voltas do primeiro classificado! A recuperação épica só ficou completa (ou quase) a cerca de uma hora do final, com o Porsche número 2 a deixar para trás, com uma volta de vantagem, o LMP2 Oreca-Gibson número 38 da equipa Jackie Chan DC Racing – outro dos grandes vencedores do dia, já que juntou à vitória na categoria LMP2 um incrível segundo lugar absoluto que muito poucos podiam adivinhar.

O Porsche 919 número 2, de facto, teve um início para esquecer. Logo nas primeiras horas da corrida perdeu mais de uma hora em reparações, chegando a estar em último (57º). Mas gradualmente foi recuperando a desvantagem para os carros das categorias menores e aproveitando os problemas dos outros carros da LMP1, incluindo o Toyota #7, que perdeu a embraiagem quando estava em excelente posição. A escuderia japonesa, de resto, teve mais uma edição para esquecer, depois do drama em 2016, quando o Toyota que seguia em primeiro parou a seis minutos do fim, entregando a vitória – mais uma – à Porsche.

Desta feita, o Toyota 7 dominou durante todo o fim-de-semana. Durante a prova, todavia, foi mais do mesmo. Primeiro foi o carro número 8 a ficar fora de combate, com um problema que obrigou a substituir o motor elétrico e a bateria dianteira. Durante a noite, e no espaço de apenas meia-hora, a Toyota viu o número 7 abandonar com problemas na embraiagem e o 9 embater num LMP2, que lhe causou danos e o impossibilitou de chegar às boxes. O único a sobreviver, o número 8, terminou no nono lugar, a nove voltas do vencedor.

Albuquerque Melhorou Foi uma boa prova também para Filipe Albuquerque, o melhor dos portugueses. O piloto de 30 anos garantiu a sexta posição na geral e quinta na categoria LMP2, ao volante do Ligier número 32 da United Autosports, terminando a cinco voltas do trio vencedor, superando assim o seu melhor resultado de sempre (sétimo posto em 2015) – isto, depois de partir em 15º.

Já Pedro Lamy e o seu Aston Martin Vantage, da categoria LMGTE AM, ficou no 37º lugar na geral, oitavo na classe GTE AM. Um resultado aquém dos melhores que já alcançou na prova (segundo lugar em 2007 e 2012 e vitória na classe GTE AM em 2012). Álvaro Parente foi apenas 11º na categoria, com um Ferrari 488 GTE, enquanto a equipa portuguesa Algarve Pro Racing, com um Ligier JSP 217, terminou a prova no 33º lugar, bastante abaixo do 16º lugar alcançado em 2016.