Para Catarina Martins, o problema essencial é político. Na sessão evocativa da Assembleia da República pela tragédia de Pedrógão Grande, a bloquista afirmou:
"Seguramente questões climatéricas especiosamente agrestes colocam problemas de difíceis respostas, seguramente que as alterações climáticas confrontam-nos com questões mais adversas, mas as questões mais complicadas são as da escolha política", defendeu Martins.
E quais? A dirigente do BE não deixou de enumerar. "Ordenamento do território, desertificação e abandono, modelo de proteção civil, domínio do eucalipto e política florestal". E lançou também questões, para si, fundamentais. "Como foi possível?; como chegámos aqui?; o que falhou?".
Martins lembrou que o país "ainda arde" perante a "impotência de todos os meios" e que "o Estado tem que responder".
É o tempo "da solidariedade e da dor", mas também do "compromisso inequívoco" em nome de "respostas precisas e da responsabilidade rigorosa".
"Devemos respostas porque devemos respeito", clarificou, saudando também a onda de solidariedade que se verifica a nível nacional.