Guilherme Cossoul fica sem as históricas instalações

o prédio que servia de casa à sociedade onde se fez e faz teatro, música e literatura foi vendido

Foi ali, no fim ou início da D. Carlos I, que durante 132 anos funcionou a sociedade Guilherme Cossoul, num primeiro andar cujas escadinhas pareciam sempre mais pequenas do que eram na realidade. Ou então, dado o volume de talento que calcorreou aqueles degraus, eram mesmo. No final deste ano não há mais subidas para ninguém: o prédio que servia de casa à sociedade onde se fez e faz teatro, música e literatura foi vendido por 3 milhões e 700 mil euros, noticia o jornal digital Observador.

O cenário de saída da Cossoul das históricas instalações, na Madragoa, era uma possibilidade eminente desde 2008, data em o prédio foi adquirido por uma sociedade espanhola que permitiu que a sociedade continuasse no espaço, bem como aos inquilinos mais antigos que ocupam os últimos andares dos edifícios. Agora que o edifício foi vendido, os novos proprietários estabeleceram que todos terão de sair até ao final deste ano.

A Câmara Municipal de Lisboa está a avaliar a possibilidade de encontrar um novo espaço para a sociedade. Ao Observador, a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, disse que o Executivo está empenhado ““desde há vários meses, na pesquisa de um espaço que seja conveniente à atividade da Sociedade e que seja sustentável, a longo prazo”.